quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

PUUUUUUUTZ!!!

Fiquei na dúvida se este deveria ser o nome do meu blog, afinal, putz Bruna me lembra a época em que me diziam: Putz Bruna que brisa é essa?? E logo pensei: Ah, isso já foi! Estou em outra fase. Mas as minhas brisas apenas mudaram de nome. Viraram Brunices, como a Bá, que mora comigo, diz. E eis que faço uma Brunice logo no primeiro post. Escrevo o post todinho e quando mando percebo que mandei no blog do namorado da Bá, que estava aberto aqui no computador de casa!! Como eu não percebi??hahaha só eu mesmo. Me divirto.

Ok, era pra ser assim. Então vamos lá.

Estes dias li num livro algo bem interessante:

"Chega de viver entre o medo e a raiva! Se não aprendermos a viver de outro modo, poderemos acabar com nossa espécie. É preciso começar a trocar carícias, a proporcionar prazer, a fazer com os outros as coisas boas que a gente tem vontade de fazer e não faz, porque não fica bem mostrar bons sentimentos! No nosso mundo negociante e competitivo, mostrar amor é um mau negócio. O outro vai aproveitar, explorar, cobrar.....Chega de negociar com sentimentos e emoções.
Freud ajudou a atrapalhar mostrando o quanto nós escondemos de ruim; mas é fácil ver que nós escondemos também tudo o que é bom em nós, a ternura, o encantamento, o agrado em ver, em acariciar, em cooperar, a gentileza, a alegria, o romantismo, a poesia, sobretudo o brincar com o outro. Tudo tem que ser sério, respeitável, comedido- fúnebre, chato, restritivo, contido...
Há mais pontos sensíveis em nosso corpo do que estrelas num céu invernal.
Seguir o desejo é seguir a estrela - estar orientado- saber para onde se vai- conhecer a direção..
"Gente é pra brilhar" diz mestre Caetano.
Gente é demonstravelmente, a maior maravilha, o maior play-ground e a mais complexa máquina neuro-mecânica do Universo Conhecido. Diz o Psicanalista que todos nós sofremos de mania de grandeza, de onipotência.
A mim parece que sofremos de mania de pequenez.
Qual o homem que se assume em toda a sua grandeza natural?
Em vez de admirar, nós invejamos.- por não termos coragem de fazer o que nossa estrela determina.
O medo- eis o inimigo.
O medo principalmente do outro, que observa atentamente tudo o que fazemos- sempre pronto a criticar, condenar, a pôr restrições- porque fazemos diferente dele.
Só por isso. Nossa diferença diz para ele que sua mesmidade não é necessária. Que sua prisão só existe na sua cabeça.
Porque vivemos fazendo isso uns com os outros- nos vigiando e nos obrigando- todos contra todos- a ficarmos bonzinhos dentro das regrinhas do bem comportado- pequenos, pequenos.
Sofremos de megalomania porque no palco social obrigamos a ser, todos, anões. Ai de quem se salienta- fazendo de repente o que lhe deu na cabeça. Fogueira para ele!
Nós nos obrigamos a ser sempre insignificantes, inaparentes, "normais"- normopatas.
Quem é o iluminado?
No seu tempo é sempre um louco delirante que faz tudo diferente de todos. Ele sofre principalmente de um alto senso de dignidade humana- o que o torna insuportável para todos os próximos- que são indignos.
Ele sofre de uma completa cegueira em relação a "realidade" (convencional) que ele não respeita nem um pouco. Ama desbragadamente - o sem vergonha. Comporta-se como se as pessoas merecessem confiança, como se todos fossem bons, como se toda criatura fosse linda, amável e admirável.
Assim ele vai deixando um rastro de luz por onde quer que passe.
Porque se encanta, porque se apaixona, porque abraça com calor e com amor, porque sorri e é feliz.
Como pode este louco?
......................

" Carícia Essencial" de Roberto Shinyashiki

Um comentário:

  1. há um arrepio que sempre cresce, no frescor dos que saciam a sede de água gelada e cores vivas, arrepio que foge e volta pra afirmar e confirmar que é tudo bicho, que o amor é natural e duro e sério como o matagal cheio de predadores

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